A chegada dos portugueses ao Brasil foi parte do processo das grandes navegações. Pedro Álvares Cabral foi o líder de uma expedição composta por 13 embarcações e cerca de 1200 homens. O primeiro ponto do Brasil avistado pelos portugueses foi a região do Monte Pascoal, na Bahia, no dia 22 de abril de 1500. A primeira missa, aqui realizada, ocorreu no dia 26 de abril de 1500, e no dia 1º de maio a expedição partiu para a Índia. O primeiro nome do Brasil, como consta na carta de Pero Vaz de Caminha, foi Ilha de Vera Cruz. Acesse também: Os detalhes do diário de viagem da expedição de Martim Afonso de Sousa
A chegada dos portugueses ao Brasil foi um dos maiores momentos das grandes navegações, processo iniciado pelos portugueses no século XV. As grandes navegações são como conhecemos as expedições exploratórias, organizadas pelos portugueses, no Oceano Atlântico ao longo desse século. Isso só foi possível graças a uma série de fatores. Primeiro, a unificação territorial. O território nacional de Portugal foi consolidado em 1249, quando o rei d. Afonso III conseguiu conquistar definitivamente Algarve (região sul de Portugal) dos mouros. Outro fator importante foi a estabilidade política que o país experimentou a partir do final do século XIV. Entre 1383 e 1385, aconteceu no país a Revolução de Avis, responsável por colocar João, mestre de Avis no trono de Portugal. Com essa revolução, a dinastia Borgonha teve fim, e a nova dinastia — a de Avis — iniciou-se. Portugal experimentou uma grande estabilidade política que possibilitou ao país vivenciar um desenvolvimento comercial e tecnológico, o que incluiu o desenvolvimento náutico. Além disso, a localização geográfica de Portugal garantia acesso fácil às correntes marítimas do Oceano Atlântico, e o desenvolvimento comercial de Lisboa tornava a cidade um centro importante. Por fim, a necessidade para encontrar uma nova rota para o Oriente — já que a usual, que passava por Constantinopla, havia sido fechada em 1453 — reforçou a exploração dos oceanos pelos portugueses. Esses fatores ajudam-nos a entender por que Portugal lançou-se pioneiramente na exploração dos oceanos e por que as grandes “descobertas” do século XV foram realizadas por portugueses. A única grande exceção foi a expedição de Cristóvão Colombo, navegante genovês que chegou à América, em 12 de outubro de 1492, em uma empreitada financiada pela Espanha (Portugal recusou-se a financiar a expedição de Colombo). No contexto da chegada dos portugueses ao Brasil, Portugal estava desfrutando o auge do comércio de especiarias da Índia — mercadorias oriundas da Ásia, como pimenta-do-reino, noz-moscada, perfumes e incenso, que, por sua raridade no mercado europeu, eram valiosíssimas. A procura por uma nova rota para Índia era justamente para garantir o acesso a essas mercadorias. Depois que os espanhóis chegaram à América, em 1492, as terras recém-descobertas começaram a ser disputadas por portugueses e espanhóis. Foi dessa preocupação dos portugueses em conter a expansão espanhola que saíram dois acordos: a bula Inter Caetera (1493) e o Tratado de Tordesilhas (1494). Esses dois dividiram as novas terras entre Portugal e Espanha, e o último estipulou a seguinte divisão: a 370 léguas, a oeste do arquipélago de Cabo Verde, seria passada uma linha imaginária. As terras a oeste dessa linha seriam espanholas, e as terras a leste dessa linha seriam portuguesas.
O pagamento de Pedro Álvares Cabral foi de 10 mil cruzados (o equivalente a 35 quilos de ouro).
Ele também poderia comprar e vender 30 toneladas de pimenta e 10 caixas de outra especiaria. Um marinheiro comum, por sua vez, ganhava 10 cruzados mensalmente, além de 10 quintais de pimenta.
Pedro Álvares Cabral tinha 1,90 m de altura.
Era comum que, nessas expedições marítimas da Idade Moderna, prostitutas fossem levadas escondidas nas embarcações.
O escorbuto (doença causada pela falta de vitamina C) era uma das doenças que mais afetavam os marinheiros no período das grandes navegações.
Ainda não se sabe o que houve com a nau de Vasco Ataíde (uma das 13 naus da expedição de Cabral), mas acredita-se que tenha naufragado durante uma tempestade.
O primeiro nome dado ao Brasil foi Ilha de Vera Cruz, e depois passou a chamar-se Terra de Santa Cruz.
Outro nome pelo qual o Brasil foi chamado, à época, foi Terra dos Papagaios, em decorrência da quantidade de papagaios que havia aqui.
Pero Vaz de Caminha, quando relatou o achamento do Brasil para o rei português, acreditou que as novas terras eram, na verdade, uma ilha.
A ilha de Fernando de Noronha tem esse nome em referência a Fernão de Loronha, fidalgo português que recebeu a ilha como capitania do rei de Portugal, em 1504.
Estima-se que, quando da chegada dos portugueses, aproximadamente, sete milhões de indígenas viviam no território brasileiro.
Quando a expedição de Cabral partiu do Brasil, em 2 de maio de 1500, dois grumetes desertores e dois degredados foram deixados no território com os nativos.
Antes de chamar-se Pedro Álvares Cabral, o nome do líder da expedição portuguesa era Pedro Álvares Gouveia. A troca de nome deu-se com o abandono do sobrenome de sua mãe, d. Isabel Gouveia, e a adesão do sobrenome de seu pai, Fernão Cabral
A expedição até o Brasil A esquadra que chegou ao Brasil era bastante numerosa e composta por experientes navegadores. Seu objetivo principal era alcançar as Índias para negociar tratados comerciais, após a bem-sucedida viagem feita por Vasco da Gama em 1498. No entanto, antes de seguir para Ásia, deveriam verificar as terras que existiam a oeste. Contudo, devido às hostilidades dos povos locais, Vasco da Gama recomendou o uso da força para realização do comércio de especiarias nas Índias; daí a grandeza da próxima esquadra. No dia 9 de março de 1500, treze embarcações partem de Lisboa. Elas continham mantimentos para mais de dezoito meses, e cerca de mil e quatrocentos homens. No comando, estava o fidalgo Pedro Álvares Cabral, acompanhado de estudiosos como o navegador Duarte Pacheco Pereira. Assim, em 22 de março, os navegantes contornaram a Ilha de Cabo Verde, de onde seguiram para oeste, atravessando o Oceano Atlântico. Por muito tempo, acreditou-se que essas terras teriam sido descobertas casualmente. No entanto, a experiência dos navegadores revela que eles não se perderiam tão facilmente. Igualmente, segundo os diários de bordo, nenhuma tempestade foi registrada.